O poço está sendo perfurado na bacia de Sichuan, no sudoeste da China, uma importante região de produção de gás natural, e de acordo com a agência de notícias chinesa Xinhua atingirá uma profundidade de 10.520 metros.
Enquanto isso, no noroeste a China está perfurando outro poço ultraprofundo com mais de 11 quilômetros de profundidade. Segundo a CNN, esses poços estarão entre os mais profundos do mundo.
Contudo, o recorde ainda pertence ao poço superprofundo na península de Kola na Rússia – um projeto de perfuração científica soviético que durou 20 anos e atingiu uma profundidade de 12.262 metros.
Um dos principais incentivos para essa perfuração é, naturalmente, a componente econômica – o desejo de acessar reservas de energia lucrativas nas profundezas subterrâneas. Ambas as empresas de perfuração de poços na China são grandes conglomerados estatais de petróleo, cita a Xinhua.
Assim, o projeto na bacia de Sichuan é realizado pela PetroChina Southwest Oil and Gasfield Co., uma das maiores empresas de energia estatais da China.
De acordo com a agência de informação do Estado chinês, a perfuração também visa "promover o progresso da tecnologia principal e das capacidades dos equipamentos da engenharia de petróleo e gás da China".
A Xinhua chama a esta estrutura de 2.000 toneladas, capaz de penetrar mais de dez estratos continentais, um "telescópio" para a parte mais profunda da Terra.
Como é observado pela CNN, a China tornou-se líder mundial em energia renovável e tem como objetivo alcançar suas metas de energia limpa previstas para 2030 cinco anos antes. Mas a China combina este título com o de maior poluidor mundial e está aumentando ativamente a produção de carvão.