"Foram acordados os objetivos centrais e os parâmetros que servirão de base para um 'acordo a nível de pessoal' que se espera que seja finalizado nos próximos dias, para depois avançar para a revisão do programa da Argentina", disse o FMI através das suas redes sociais.
O acordo visa consolidar a ordem fiscal e reforçar as reservas, reconhecendo o forte impacto da seca, os prejuízos nas exportações e nas receitas fiscais do país, acrescentou o FMI.
O ministro da Economia argentino, Sergio Massa, deve viajar aos Estados Unidos nas próximas horas para participar das negociações que definirão o 'acordo de alto nível', que deve ser aprovado pelo conselho de administração do FMI, informa a imprensa local.
Novo desembolso
Após a aprovação, o FMI desembolsaria cerca de US$ 8,5 bilhões (cerca de R$ 40,6 bilhões) até o final do ano. O Governo argentino adiou para o final do mês os vencimentos da dívida correspondente a julho e no dia 31 vai ter de pagar ao organismo multilateral US$ 2,66 bilhões (aproximadamente R$ 12,7 bilhões), a que se somam outros US$ 800 milhões (quase R$ 3,8 bilhões) a pagar no início de agosto.
O principal objetivo de Buenos Aires, no marco das amplas negociações com o FMI, foi conseguir uma reformulação do atual cronograma de vencimentos e obter novos desembolsos que ajudem a superar a escassez de dólares nas reservas do Banco Central, que aprofundam a tensão cambial.
Tudo faz parte da revisão das condições do Programa de Facilidades Ampliadas para refinanciar a dívida de US$ 45 bilhões (cerca de R$ 215 bilhões), assinado em março de 2022 com a intenção de cumprir o pagamento das obrigações recordes deixadas pela gestão de Mauricio Macri (2015-2019).