Os militares russos destruíram uma quantidade recorde de blindados fornecidos pelo Ocidente para a Ucrânia nas últimas 24 horas, ao mesmo tempo em que repeliam a tão esperada contraofensiva de Kiev, disse o presidente Vladimir Putin neste domingo (23).
O líder russo fez as declarações enquanto falava com o presidente belarusso, Aleksandr Lukashenko, em São Petersburgo. Lukashenko, citando seus próprios dados, disse que as forças de Moscou eliminaram pelo menos 15 tanques Leopard de fabricação alemã e mais de 20 veículos de combate de infantaria Bradley de fabricação norte-americana em apenas um confronto.
Putin pareceu concordar com essa avaliação, dizendo que "aparentemente, [nós] nunca destruímos tanto em um dia" e passou a explicar que esse número decorreu do fato de que as tropas russas estavam enfrentando unidades ucranianas que estavam "totalmente equipadas com equipamento estrangeiro".
Ele acrescentou que, desde o início da contraofensiva ucraniana nos primeiros dias de junho, Kiev perdeu mais de 26.000 militares, descrevendo a tão esperada investida como "um fracasso". Putin também observou que "mercenários estrangeiros" que lutam por Kiev também sofreram pesadas perdas, devido à sua "estupidez", prometendo tornar essa realidade conhecida do público nos países que enviaram essas pessoas para a linha de frente.
Na semana passada, o The New York Times informou que os militares ucranianos perderam 20% de seu equipamento de campo de batalha, incluindo muitos veículos fornecidos pelo Ocidente, nas primeiras duas semanas da ofensiva, que Moscou diz não ter conseguido ganhar terreno. No dia 11 de julho, o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, estimou as perdas ucranianas em 3.000 unidades de equipamento militar.
Enquanto isso, vários outros relatos da mídia sugeriram que os apoiadores ocidentais de Kiev estão alarmados com o lento progresso da Ucrânia no campo de batalha, com um artigo recente do Wall Street Journal afirmando que eles também foram "sacudidos" pela "rápida perda" de blindados. No entanto, vários oficiais ucranianos tentaram explicar as dificuldades na ofensiva apontando para atrasos na assistência militar ocidental.