Panorama internacional

Apesar das sanções à Rússia, Dilma vai encontrar Putin na 4ª em reunião pelo NBD, diz mídia

A ex-presidente Dilma Rousseff, atual chefe do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) do BRICS, vai se reunir nesta quarta-feira (26) com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. O encontro está marcado para ocorrer em São Petersburgo.
Sputnik
Dilma, que assumiu o NBD em março, com a missão de ampliar o banco e fortalecer a ideia de que a relação entre seus membros possa ocorrer em moedas locais, vai se encontrar com o líder russo que atualmente enfrenta sanções internacionais e uma forte pressão diplomática e financeira por parte dos EUA e da União Europeia (UE) de acordo com apuração da UOL.
Em maio deste ano, Dilma já esteve com o primeiro-ministro da Rússia, Mikhail Mishustin na sede do banco, em Xangai, na China, quando a atual gestora do banco garantiu que a instituição cumpriria suas obrigações perante "todos os membros fundadores, incluindo a Rússia". Isso incluiria o trabalho de "atrair empréstimos nos mercados de capitais".
Na mesma ocasião o ministro de Finanças da Rússia, Anton Siluanov, alertou que "durante o ano passado, pudemos observar que o sistema tradicional de instituições internacionais de desenvolvimento e os laços financeiros podem se desfazer facilmente por motivos políticos, criando riscos e custos adicionais em todo o mundo".

"Infelizmente, na nova realidade, os interesses do desenvolvimento estão sendo varridos em favor da política", disse Siluanov destacando no entanto que "o objetivo do BRICS é unir, não dividir".

Para o ministro, o NBD "deve dar atenção especial a áreas como a facilitação da transferência de tecnologia e a promoção da inovação, a abordagem de problemas de segurança alimentar e energética, o desenvolvimento de infraestrutura sustentável e a criação de capacidade para o desenvolvimento", algo que a presidente Dilma salientou em seu discurso de posse como sendo os pilares de sua gestão.
Em 2021, o banco destinou US$ 1,3 bilhão (cerca de R$ 6,1 bilhões) em empréstimos aos russos, contra US$ 800 milhões (quase R$ 3,8 bilhões) em 2020. Em 2019, foram mais US$ 1,3 bilhão em créditos para a Rússia, além de outros US$ 900 milhões (aproximadamente R$ 4,9 bilhões) em 2018.
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