"Se forma um quadro paradoxal. Por um lado, os países ocidentais estão obstruindo o fornecimento de nossos grãos e fertilizantes. Por outro lado, vou dizer francamente, nos acusam hipocritamente da atual crise no mercado mundial de alimentos", disse Putin.
Ele ressaltou que essa abordagem foi "particularmente clara" durante a realização do acordo de grãos.
Em 2022 a Rússia forneceu 11,5 milhões de toneladas de grãos à África, e nos primeiros seis meses deste ano já entregou quase dez milhões de toneladas, apesar das sanções impostas às exportações russas, declarou o líder russo Vladimir Putin.
"E isso acontece apesar das sanções ilegais impostas às nossas exportações, que dificultam seriamente o fornecimento de alimentos russos, complicam o transporte, a logística, os seguros e os pagamentos bancários", ressaltou o líder russo.
A Rússia está preparada a fornecer grãos de forma gratuita como uma ajuda para os países mais necessitados da África.
"Já havia dito que nosso país é capaz de substituir os grãos ucranianos tanto em [base] comercial como na forma de ajuda gratuita para os países mais necessitados da África, especialmente porque espera-se que tenhamos uma colheita recorde neste ano novamente", disse Putin.
Ele também observou que a África no futuro pode não só produzir alimento para si, mas também se tornar uma exportadora de alimentos, e a Rússia vai apoiá-la neste esforço.
A Segunda Cúpula Rússia-África e o Fórum Econômico e Humanitário ocorrerão na cidade russa de São Petersburgo, de 27 a 28 de julho. A Cúpula Rússia-África busca ser uma continuação da reunião similar de 2019, que contou com a presença de 43 líderes africanos, para manter o diálogo global entre os países do continente e Moscou.