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Revelações financeiras sobre Mauro Cid dão novo fôlego para base governista na CPI, diz mídia

Relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sobre ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, apontou movimentações financeiras "atípicas" e "incompatíveis com o patrimônio" de suas contas, complicando ainda mais a vida do militar.
Sputnik
Segundo o UOL, o relatório afirma que o militar movimentou em suas contas bancárias R$ 3,2 milhões de 26 de junho de 2022 a 25 de janeiro de 2023. No resumo das transações financeiras, estão R$ 1,8 milhão em créditos e R$ 1,4 milhão em débitos, o que chamou atenção dos analistas já que como militar do Exército, o salário bruto de Cid é de R$ 26.239.
"Todas as movimentações financeiras do tenente-coronel Mauro Cid, inclusive aquelas referentes a transferências internacionais, são lícitas e já foram esclarecidas para a Polícia Federal", afirmou a defesa.
Em uma das remessas de dinheiro das contas de Cid para o exterior, no valor de R$ 367,3 mil, chama atenção de que ela tenha ocorrido em janeiro de 2023, período em que tanto Cid quanto Bolsonaro estavam nos Estados Unidos.
"A lista de suspeitas envolvendo Cid em irregularidades e o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro vai aumentando. [...] Agora, há uma expectativa na classe política com alguns deputados e senadores sobre o que isso significa. Uma das questões é que isso pode, na avaliação de algumas pessoas, dar fôlego aos trabalhos da CPI", destacou a colunista do portal.
Ainda de acordo com o Coaf a movimentação pode significar tentativa de ocultar bens ou há a "possibilidade de constituir-se indícios do crime de lavagem de dinheiro ou com ele relacionar-se".
Em sua participação na CPI do 8 de Janeiro, Cid se reservou ao direito de permanecer em silêncio, uma vez que na condição de investigado não poderia produzir provas contra si mesmo. O militar permaneceu em silêncio até mesmo quando lhe perguntaram sua idade, o que foi visto por alguns juristas como "abuso do uso do direito".
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