Nesta sexta-feira (28), o chefe da corporação nuclear estatal russa Rosatom, Aleksei Likhachyov, disse que a empresa russa propôs criar uma frota de energia nuclear para a África com objetivo de fornecer eletricidade ao continente africano.
"Além do abastecimento direto, a criação de uma usina nuclear flutuante é do interesse de qualquer um dos governos africanos, e nós propusemos mais uma modificação deste projeto: a criação de uma frota de energia nuclear para que a eletricidade seja vendida aos consumidores diretamente de uma usina nuclear", explicou Likhachyov.
Ao mesmo tempo, o diretor sublinhou que a Rosatom vai começar a implementação prática de projetos nucleares na Etiópia nos próximos dois anos.
Ainda na coletiva hoje (28), o diretor acrescentou que também existe um acordo sobre a participação do Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS para apoiar financeiramente os projetos da Rosatom na África, incluindo os de construção de usinas nucleares.
Ontem (27), Likhachyov já havia sinalizado que "o continente africano tem um grande potencial de crescimento na esfera das tecnologias de energia nuclear e, portanto, de melhoria do padrão de vida", conforme noticiado.
O presidente russo, Vladimir Putin, acompanhado pelo cofundador do Russian Quantum Center, Ruslan Yunusov, e pelo diretor geral da Rosatom (à direita), Aleksei Likhachyov, visita uma exposição de projetos avançados de pesquisa e desenvolvimento no campo de tecnologias quânticas como parte do Future Technologies Forum no World Trade Center em Moscou, Rússia, 13 de julho de 2023
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As declarações de Likhachyov foram dadas na Segunda Cúpula Rússia-África e no Fórum Econômico e Humanitário realizados na cidade russa de São Petersburgo de 27 a 28 de julho. A Sputnik é parceira de mídia oficial do fórum.