Panorama internacional

Como restrições da China às exportações de gálio e germânio prejudicarão o mercado mundial?

Após a introdução de restrições ao fornecimento de gálio e germânio, a China poderia privar o mundo de até 56 toneladas desses metais, sendo esta quantidade o equivalente ao que os chineses forneceram ao mercado global em agosto-dezembro do ano passado, de acordo com cálculos da Sputnik baseados em dados alfandegários chineses.
Sputnik
A China, em 1º de agosto, introduziu controles de exportação sobre o gálio e o germânio para proteger a segurança nacional.
Ao mesmo tempo, o porta-voz do Ministério do Comércio da República Popular da China, Shu Jueting, observou que o controle de exportação não é uma proibição de exportação de mercadorias relevantes, permitido sob as regras das autoridades chinesas.
De acordo com dados alfandegários, a China exportou 21,7 toneladas de germânio não tratado e processado no valor de US$ 25,4 milhões (R$ 120,01 milhões) em agosto-dezembro do ano passado, e gálio - 34,1 toneladas por US$ 15,3 milhões (R$ 72,29 milhões).
No total, a China vendeu 138,1 toneladas desses metais para o mercado mundial no ano passado por US$ 8,8 milhões de dólares (R$ 41,58 milhões).
Ao mesmo tempo, no primeiro semestre deste ano, o volume de entregas da China para o mercado mundial desses metais raros como um todo aumentaram ligeiramente: 67 toneladas equivalentes a US$ 34,8 milhões de dólares (R$ 164,43 milhões) em comparação com 65 toneladas correspondentes a US$ 35,2 milhões de dólares (R$ 166,32 milhões).
No entanto, enquanto as remessas de germânio aumentaram 75% para quase 28 toneladas, as de gálio diminuíram 20%, para 39 toneladas.
Gálio e germânio são amplamente utilizados na produção de produtos de alta tecnologia. Assim, o gálio é um material fundamental em semicondutores. Ao mesmo tempo, o germânio é usado em painéis solares, dispositivos sem fio e sistemas ópticos, como óculos de visão noturna.
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