Panorama internacional

Anúncio planejado sobre expansão do BRICS marcará forte mudança na ordem global, diz África do Sul

Embaixador sul-africano no bloco acredita que a reunião em Joanesburgo será a "maior dos últimos tempos" com países do Sul Global discutindo os atuais desafios globais e anunciar ampliação do bloco.
Sputnik
Nesta quarta-feira (2), durante sua palestra na Universidade de KwaZulu-Natal, o embaixador da África do Sul no BRICS, Anil Sooklal, disse que "um anúncio planejado sobre a expansão do BRICS na próxima cúpula marcará uma mudança significativa na ordem global".

"O BRICS tem sido um catalisador para uma mudança tectônica que você verá na arquitetura geopolítica global a partir da cúpula", disse Sooklal citado pela Bloomberg.

No entanto, o sherpa sul-africano enfatizou que o bloco não se vê como um contrapeso a nenhuma outra organização, mas que sua expansão está alimentando ansiedade e oposição entre nações em "posições privilegiadas".
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A próxima cúpula do BRICS está marcada para acontecer na África do Sul entre os dias 22 a 24 de agosto. Até agora, representantes de 71 nações foram convidados a participar da cúpula, de acordo com sherpa.
"Esta será a maior reunião dos últimos tempos de países do Sul Global se reunindo para discutir os atuais desafios globais", disse ele, acrescentando que "um BRICS expandido representará quase 50% da população global e mais de 35% do PIB global e esse número crescerá".
A China defende uma rápida expansão do bloco, mas encontrou oposição da Índia e do Brasil, que veem a ampliação do organismo de forma mais cautelosa.
Sookhal também destacou o papel que os líderes do bloco estão desempenhando na tentativa de encontrar um cessar-fogo no conflito entre Rússia e Ucrânia.
"Não há evidências tangíveis de que qualquer um dos países do BRICS, incluindo a África do Sul, esteja alimentando esse conflito com armas, mas há evidências claras para a comunidade global de que o Ocidente está injetando bilhões de dólares nesse conflito e o conflito está intenso, então quem está falando de paz e quem está falando de guerra?", questionou.
Ao que tudo indica, todos os chefes de Estado dos países-membros do bloco estarão presentes, menos o presidente Vladimir Putin, que já anunciou sua permanência na Rússia devido às demandas do conflito e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, que ainda não confirmou sua participação.
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