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PF faz buscas em endereços de Carla Zambelli e prende 'hacker da Vaza Jato', diz mídia

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) participa de uma reunião com o então presidente Jair Bolsonaro e cantores sertanejos no Palácio da Alvorada em Brasília, 17 de outubro de 2022
Hacker responsável pela "Vaza Jato", Delgatti Neto, diz ter prestado serviços para Zambelli em janeiro para forjar soltura de presos e emitir mandado de prisão contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes.
Sputnik
De acordo com o G1, a Polícia Federal (PF) prendeu nesta quarta-feira (2) o hacker Walter Delgatti Neto, conhecido por ter invadido e divulgado informações dos telefones de autoridades envolvidas com a operação Lava Jato, dando origem à "Vaza Jato". Posteriormente, Delgatti Neto afirmou ter sido contratado pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) para forjar documentos que incluíam um mandado de prisão falso contra Alexandre de Moraes.
A PF também cumpre cinco mandados de busca e apreensão contra Zambelli, três no Distrito Federal e dois em São Paulo, além de um mandado de prisão preventiva contra a deputada.
Na ação, a PF tenta obter mais informações sobre a inserção de alvarás de soltura e mandados de prisão falsos no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões.
"Os crimes apurados ocorreram entre os dias 4 e 6 de janeiro de 2023, quando teriam sido inseridos no sistema do CNJ e, possivelmente, de outros tribunais do Brasil, 11 alvarás de soltura de indivíduos presos por motivos diversos e um mandado de prisão falso em desfavor do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes", diz material da Polícia Federal.
No ofício que pedia a prisão do ministro havia inclusive a frase "faz o L" – um dos slogans da campanha eleitoral mais recente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Walter Delgatti Neto já foi preso três vezes, em 2019, durante a Operação Spoofing, que desarticulou uma organização criminosa que praticava crimes cibernéticos, segundo a PF; em 2020, quando o hacker foi acusado de invasão quando estava proibido de usar a Internet; e em junho deste ano, por descumprir medidas judiciais, ocasião em que teria afirmado à PF que cuidava das redes sociais e do site de Zambelli, desrespeitando a condição para a liberdade provisória.
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