Neste contexto, o ministro afirmou que a Alemanha não é o único país a recusar enviar mísseis de cruzeiro para Kiev, e recordou que os EUA também não os forneceram. O governo federal alemão mostra-se relutante porque os projécteis podem atingir território russo.
No entanto, políticos alemães da União Democrata-Cristã, do Partido Democrático Livre e dos Verdes apoiam o início das entregas de mísseis Taurus.
"Ainda não chegou a hora de tomarmos uma decisão", argumentou Pistorius, enfatizando que ele não vê "nenhuma necessidade urgente de tomar uma decisão agora" sobre a entrega.
Na sua opinião, o treinamento de militares ucranianos, a engenharia e os veículos blindados são prioritários, embora o ministro não descarte totalmente que Berlim entregue este tipo de armamento no futuro, afirmam meios locais.
A Bundeswehr (Forças Armadas alemãs) tem cerca de 600 mísseis de cruzeiro, grande parte dos quais estão operacionais. Trata-se de uma classe de armas lançadas de aviões com ogivas de meia tonelada de peso, cuja missão seria romper as cadeias logísticas do Exército inimigo.
Em maio, o presidente ucraniano Vladimir Zelensky havia solicitado esta arma de longo alcance ao chanceler Olaf Scholz, durante uma visita a Berlim no início do mês. O fato foi confirmado pelo gabinete de Pistorius, mas Scholz afirmou mais tarde que não quer que as armas enviadas a Kiev sejam utilizadas para atacar o território russo.