Recentemente, o presidente dos EUA, Joe Biden, aprovou a alocação de US$ 345 milhões (R$ 1,63 bilhão) em ajuda militar a Taiwan, segundo um memorando divulgado pela Casa Branca.
O diretor-geral do Ministério de Assuntos Exteriores da Coreia do Norte para a China, Maeng Yong-rim, lembrou também que Washington planeja destinar a Taipé ajuda militar no valor de US$ 10 bilhões (R$ 48,4 bilhões) nos próximos cinco anos, bem como fornecer à ilha autogovernada assistência de emergência em matéria de defesa no valor de um bilhão de dólares (R$ 4,8 bilhões) anualmente.
"Isto constitui uma flagrante violação do princípio de Uma Só China, com o qual os EUA se comprometeram ante o governo e o povo chinês, do espírito dos três comunicados conjuntos dos EUA e China", escreveu o alto funcionário em um comunicado difundido pela agência estatal KCNA.
"É também uma ingerência nos assuntos internos da China e uma grave violação da soberania e segurança da China", acrescentou ele, acusando os EUA de "dualidade" por afirmar publicamente que se rege pelo princípio de Uma Só China e, ao mesmo tempo, instigar a independência de Taiwan, "uma parte inseparável da China".
Esta abordagem de dois pesos e duas medidas é "uma perigosa provocação política e militar que destrói por completo a estabilidade da situação na região, bem como um ato imprudente contra a paz", afirmou Maeng Yong-rim.
O alto diplomata norte-coreano destacou que a região da Ásia-Pacífico, incluindo a península da Coreia e o estreito de Taiwan, não deve ser palco para a atividade militar norte-americana, nem para testes de guerra.