O jornal The Wall Street Journal informou no domingo (6) que 11 navios de guerra chineses e russos se aproximaram das ilhas Aleutas sem entrar em águas territoriais dos Estados Unidos, como parte de uma patrulha no Pacífico. Ao mesmo tempo, os militares norte-americanos disseram que os navios dos dois países permanecem em águas internacionais e não são considerados uma ameaça, mas especialistas dos EUA rotularam a patrulha de "extremamente provocativa".
O jornal chinês salienta que a mídia estadunidense está agitando o tema das patrulhas conjuntas de Rússia e China no Pacífico, mas ignorando o fato de que os EUA constantemente enviam seus navios de guerra e aeronaves para perto do território da China para realizar exercícios militares e reconhecimento no âmbito da chamada "liberdade de navegação".
O especialista militar chinês Fu Qianshao observou que as águas internacionais na parte norte do Pacífico, incluindo o mar de Bering, são importantes, porque de lá os navios podem navegar para o Ártico. De acordo com especialistas, enquanto a patrulha conjunta da China e da Rússia visa garantir a segurança das principais rotas estratégicas, os Estados Unidos querem controlar as passagens com base em seu pensamento hegemônico.
Observadores também notaram a ironia de que todas as forças dos EUA de monitoramento da patrulha conjunta sino-russa estavam envolvidas em provocações contra a China perto de seu território, tendo o jornal exposto o padrão duplo dos Estados Unidos, que consideram normal a presença militar americana em outros países, mas não aceitam a presença militar de outros países perto de seu território.
"No futuro, a Marinha da China poderia conduzir mais patrulhas no mar distante como esta, sozinha ou em conjunto com outros países. Os estadunidenses devem se acostumar a isso", disse Fu.
Antes das patrulhas navais conjuntas de China e Rússia, os navios de guerra chineses já haviam alcançado águas internacionais perto do Alasca.