"A região amazônica possui recursos estratégicos, é fonte de água potável e minerais. Os países da América Latina e do Caribe são uma prioridade na estratégia de segurança nacional dos EUA, o que significa que [a região] é de interesse não apenas para o Departamento de Estado, mas também para o Departamento de Defesa dos EUA […]. A implantação de bases militares na região e na Amazônia é algo que deve atrair nossa atenção, devemos estar atentos", disse o líder da Bolívia.
"A este respeito, estamos preocupados que a Europa adira à mesma posição: alguns estão buscando controlar a Amazônia por meios militares, outros – com a ajuda de organizações não governamentais. Não aceitamos tentativas de controlar secretamente a Amazônia", acrescentou ele.
Anteriormente, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, propôs a criação de um tribunal de justiça amazônico para julgar crimes contra a selva e seus habitantes.
"Deveríamos criar um tribunal de justiça amazônica, ambiental para julgar crimes contra a selva. Proporia um tratado militar e judicial, isso se defende com razões, mas também com armas, criar uma OTAN da Amazônia, respeitando as soberanias", sugeriu o presidente colombiano.
A IV cúpula presidencial da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica, que inclui Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, ocorre na cidade brasileira de Belém nos dias 8 e 9 de agosto.