Os acordos ocidentais geralmente envolvem o vínculo da moeda dos países emergentes ao dólar e o alinhamento político externo com os Estados Unidos.
De acordo com a Bloomberg, o chamado Sul Global, formado pelos países em desenvolvimento, como Brasil, Índia, Indonésia e África do Sul, estão discretamente fazendo uma revisão desses acordos.
Em meio às recentes tensões, o Sul Global vê uma chance de traçar seu próprio futuro, tanto que, estes países em desenvolvimento passaram a exigir o controle de seus recursos, reordenando uma relação que data dos tempos coloniais, em parte por insistirem em terem fábricas em seus próprios países.
Um exemplo dessa reordenação é o fato de que assim como Namíbia e o Zimbábue, Gana também está preparando a proibição de exportações de lítio, enquanto a Indonésia já proibiu a exportação de minérios de níquel.
Por sua vez, Argentina, Brasil, Chile e Indonésia passaram a aceitar investimentos em fábricas de baterias para veículos elétricos da China, e não dos EUA.
O Sul Global também está demonstrando interesse na diversificação da cesta de moedas, uma medida que visa reduzir o vínculo das moedas nacionais ao dólar.
A Bloomberg observa que o comportamento das grandes potências desagradou muitos países no Sul Global, principalmente a desordem política dos Estados Unidos, que visa apenas seus próprios interesses e garantir sua ordem mundial, enquanto seus aliados ocidentais seguem tentando firmar acordos com aspirações coloniais.