Notícias do Brasil

Lula cobra pagamento de europeus à Amazônia e diz esperar esforço dos EUA para transição energética

Segundo o presidente, países ricos europeus "conseguiram derrubar todas as suas florestas e agora eles têm que contribuir financeiramente". Líder também citou que aguarda contribuição norte-americana e chinesa para transição energética.
Sputnik
Nesta segunda-feira (14), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que os países ricos têm uma dívida com a humanidade porque são os principais poluidores do planeta, acrescentando que cobrará ajuda financeira dessas nações na COP28 nos Emirados Árabes Unidos neste ano.
"Nós não queremos ajuda, queremos pagamento efetivo. É como se estivesse pagando algo que devem à humanidade [...] os países ricos tiveram sua introdução na revolução industrial, bem antes do Brasil, então são responsáveis pela poluição muito antes de nós. Eles conseguiram derrubar todas as suas florestas e agora eles têm que contribuir financeiramente para que outros países possam se desenvolver", afirmou Lula citado pelo UOL.
Ainda segundo o presidente, o evento da Cúpula da Amazônia, ocorrido na semana passada, cria condições para que a Europa seja cobrada.
O presidente também afirmou hoje (14) que espera que os Estados Unidos queiram investir no Brasil para que os dois países possam trabalhar para "impulsionar a transição energética".
De acordo com a Reuters, Lula já havia dito na semana passada que pediria aos líderes globais, incluindo o presidente Joe Biden, e o chinês, Xi Jinping, que aumentassem os investimentos no Brasil enquanto seu governo lança um novo plano de transição ecológica.
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante foto oficial da Cúpula da Amazônia no Hangar Centro de Convenções em Belém, 9 de agosto de 2023
Na semana passada, a Cúpula da Amazônia não definiu uma meta específica para zerar o desmatamento em sua declaração conjunta, algo que foi repercutido pela imprensa nacional e internacional pela sua importância.
Entretanto, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse que "o processo de negociação é sempre um processo mediado" no qual "ninguém pode impor a sua vontade a ninguém", mas ressaltou a importância de o texto ter incluído o objetivo de não alcançar o ponto de não retorno na Amazônia, conforme noticiado.
Comentar