Nesta quinta-feira (17), o secretário-geral da OTAN, Jen Stoltenberg, tentou "consertar" a fala de seu chefe de gabinete feita na terça-feira (15).
"São os ucranianos, e apenas os ucranianos, que podem decidir quando há condições para negociações e quem pode decidir na mesa de negociações qual é a solução aceitável", disse o chefe da aliança citado pela Reuters.
Há dois dias atrás, o seu chefe de gabinete, Stian Jenssen, disse que para Kiev conseguir adesão à Aliança Atlântica e o cessar-fogo, alguns territórios poderiam ficar com a Rússia.
"Acho que uma possível solução para a Ucrânia seria desistir do território em troca da adesão à OTAN [...], há um movimento significativo na questão da futura adesão da Ucrânia à OTAN, é do interesse de todos que a guerra não se repita", disse Jenssen.
Stoltenberg enfatizou hoje (17) que "a mensagem dele [Jenssen], e que é a minha e da OTAN principalmente, é, em primeiro lugar, que a política da OTAN permanece inalterada – nós apoiamos a Ucrânia", afirmou.
Ao mesmo tempo, o secretário-geral declarou que a Aliança Atlântica não detectou nenhuma mudança nas forças nucleares da Rússia, e sendo assim, a OTAN não viu motivos para reconsiderar sua própria configuração correspondente.
"Não vimos nenhuma mudança em suas forças nucleares que nos leve a mudar nossas forças e a maneira como elas estão organizadas. Até agora não vimos nada que exija isso de nossa parte", disse Stoltenberg, segundo a Reuters.
Na cúpula do mês passado, a OTAN disse que estenderá um convite à Ucrânia para se juntar à aliança militar quando "os membros concordarem e as condições forem atendidas", e que o país tem o direito de escolher seu próprio caminho independentemente da Rússia.