Panorama internacional

Erdogan sugere que a Suécia terá de impedir queimas do Alcorão para que possa entrar na OTAN

O presidente turco e depois a Embaixada do país expressaram seu desagrado perante a queima do livro islâmico, tendo em conta os frequentes tais incidentes ultimamente.
Sputnik
Recep Tayyip Erdogan, presidente da Turquia, deu a entender que a adesão da Suécia à OTAN poderia ser adiada se o país não parasse com as queimadas do Alcorão, o livro islâmico fundamental, algo que enfurece sua base de apoio conservadora, escreve na segunda-feira (21) a agência turca Anadolu.
"A Suécia precisa, antes de tudo, cuidar das ruas de Estocolmo. Se eles não cuidarem de suas ruas, se esses ataques às coisas que consideramos sagradas continuarem, então eles não devem nos culpar", disse no domingo (20) Erdogan, a caminho da Turquia, vindo da Hungria.
"Não podemos saber quanto tempo levarão os debates no parlamento ou nos comitês sobre essa questão ou quando ela será aprovada", continuou ele.
A Turquia e a Hungria são os únicos Estados-membros da OTAN que ainda não aprovaram a adesão da Suécia. Erdogan concordou em apoiar a candidatura em julho, mas o parlamento ainda precisa aprová-la como lei. A legislatura não retomará os trabalhos até outubro, embora seu Comitê de Relações Exteriores possa iniciar as discussões mais cedo, se for solicitado pelo governo.
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A aprovação parlamentar tranquila depende do apoio do Partido do Movimento Nacionalista, aliado a Erdogan, que pediu que a Suécia fizesse mais para combater o terrorismo e acabar com as manifestações anti-Islã.
Nesta segunda-feira (21) o encarregado de Negócios interino da Embaixada da Dinamarca e o secretário da Embaixada dos Países Baixos em Ancara, Turquia, foram convocados para o Ministério das Relações Exteriores da Turquia, indicou uma fonte diplomática na capital turca à Sputnik.
"O encarregado de Negócios interino da Embaixada da Dinamarca em Ancara e o embaixador-secretário da Embaixada dos Países Baixos em Ancara foram convocados ao nosso ministério hoje [21] tendo em conta as contínuas queimas do Alcorão em frente à nossa embaixada em Copenhague, à embaixada em Haia e às embaixadas de alguns países muçulmanos", disse a fonte.
De acordo com a fonte, os diplomatas foram informados de sua preocupação com "esses ataques desprezíveis e mais uma vez sublinharam seu forte protesto".
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