Durante os ataques russos, foram destruídos três vagões com munições do Exército ucraniano, afirmou Vadim Astafiev, líder do serviço de imprensa do agrupamento de tropas Yug (Sul) à Sputnik.
Segundo ele, as munições ucranianas foram atingidas pelas forças russas na região de Dnepropetrovsk, no sudeste ucraniano.
"Estes ataques estão se tornando mais frequentes, pois o foco agora é enfraquecer a capacidade de combate do Exército ucraniano [...]. A destruição de uma instalação como essa cria problemas logísticos temporários [para o inimigo] relativos ao transporte e armazenamento, entre outros", afirmou à Sputnik o especialista militar Boris Rozhin.
O especialista destacou que isso dificulta o avanço do inimigo nas operações e muda o cenário do conflito.
Anteriormente, falando sobre a mudança de cenário que a escassez de munições poderia causar, o ex-tenente-coronel do Exército dos EUA, Earl Rasmussen, afirmou à Sputnik que agora era hora de realizar "manobras para eliminar" os depósitos de munições das forças ucranianas "antes que tenham a chance de usá-las".
"Isso vai apenas esgotar ainda mais as capacidades ucranianas. Ou seja, se não tiver munição, não adianta muito ter um tanque Leopard ou um obuseiro, [pois] isso será apenas [...] mais um alvo", destacou Rasmussen.
As observações ocorrem depois de a mídia americana relatar que os EUA e a OTAN estão lutando contra a "escassez no fornecimento de munições de artilharia" para a Ucrânia.
Citando fontes anônimas, a mídia americana afirmou que os EUA "estariam chegando muito perto da linha vermelha devido aos fornecimentos contínuos à Ucrânia de munições de 155 milímetros, padrão da OTAN".
Durante a contraofensiva, lançada em 4 de junho, o regime de Kiev perdeu 43 mil soldados e quase cinco mil unidades de equipamentos militares, segundo o Ministério da Defesa da Rússia.