Cúpula do BRICS 2023

Ministro sul-africano: países que buscam aderir ao BRICS querem evitar dependência de superpotências

Os países querem se juntar ao BRICS para uma parceria que não os torne subordinados às superpotências, disse à Sputnik Sihle Zikalala, ministro de Obras Públicas e Infraestrutura da África do Sul.
Sputnik
"A maioria dos países do mundo anseia por uma plataforma onde eles possam operar em um nível mútuo sem serem dominados pelas chamadas superpotências. É por isso que muitas pessoas estão ansiosas para se juntar ao BRICS", comentou o ministro sul-africano nas margens da cúpula do BRICS em Joanesburgo.
O ministro observou também que a iniciativa do BRICS+, que visa incluir outros países no grupo, representa uma alternativa ao "mundo unipolar" e facilitará a mudança na balança global de poder e comércio. Sobre a questão do comércio, ele destacou o papel da África do Sul como um ponto de entrada nos mercados africanos.

"Consideramos que a África do Sul é uma porta de entrada para a África. Portanto, se você vier para a África do Sul ou fizer comércio com a África do Sul, torna-se possível entrar no mercado africano [em geral]. Criamos recentemente a Zona de Livre Comércio da África, que permite que, se a empresa estiver sediada [em um país] da África, você possa negociar no continente. E acreditamos que a África do Sul é uma âncora dessa plataforma", afirmou Zikalala.

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O ministro também ressaltou a necessidade de os países poderem realizar comércio em moedas nacionais ou criar uma moeda compartilhada do BRICS.
O BRICS atualmente é composto por cinco nações: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, mas recentemente, pelo menos 19 países expressaram o desejo de ser juntar a este bloco, incluindo a Argentina, Irã, Argélia, Tunísia, Turquia, Arábia Saudita, Egito, entre outros.
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