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Lula convida Angola a participar das reuniões do G20

Convite foi feito durante encontro entre Lula e o presidente angolano, João Manuel Lourenço, em Luanda. Brasil assume liderança do grupo em 2024.
Sputnik
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou seu antecessor no cargo, Jair Bolsonaro, por esvaziar a agenda do Brasil para a África durante sua gestão.
A crítica foi feita em visita oficial a Angola, nesta sexta-feira (25). Lula desembarcou em Luanda na noite da última quinta-feira (24), após deixar Joanesburgo, na África do Sul, onde participou da 15ª Cúpula do BRICS. O presidente ressaltou que sua visita a Angola simboliza o retorno do Brasil ao continente africano.

"Nos últimos anos, o Brasil tratou os países africanos com indiferença. Pela primeira vez desde a redemocratização, tivemos um presidente que não fez nenhuma visita à África. Embaixadas brasileiras foram fechadas. A cooperação foi abandonada, deixamos de atuar juntos nos foros internacionais", disse Lula.

O presidente afirmou que pretende convidar Angola a participar das reuniões do G20, grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo e que terá o Brasil na presidência temporária em 2024.
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O convite foi feito durante um encontro entre Lula e o presidente angolano, João Manuel Lourenço. No encontro, os líderes assinaram sete acordos de cooperação entre os países, que abrangem as áreas de defesa, educação, pequenas e médias empresas e tecnologia.
Após se reunir com Lourenço, o presidente brasileiro discursou na Assembleia Nacional de Angola, onde fez uma homenagem à líder quilombola Maria Bernadete Pacífico, assassinada no último dia 17 no Quilombo Pitanga dos Palmares, no município de Simões Filho (BA).
"Aproveito esta sessão solene, na Assembleia Nacional de Angola, para prestar minha homenagem à grande Bernadete Pacífico, líder quilombola que atuou corajosamente pela defesa de sua comunidade na Bahia. Bernadete foi vítima da intolerância dos que querem calar os mais vulneráveis", disse Lula.
No discurso, Lula classificou a escravidão como uma chaga na história brasileira, que "vitimou milhões de africanos e deixou ao país um nefasto legado de desigualdade social e de preconceito". "Combater esse legado é objetivo primordial do meu governo", disse o presidente, conforme noticiou a Agência Brasil.
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