Panorama internacional

Relatório do Congresso dos EUA diz que 'riscos internos' minam chances de Taiwan combater China

Problemas internos taiwaneses como falta de energia, alimentos, água viriam à tona com rapidez caso a ilha entre em embate com a China, diz o documento, acrescentando que tática militar chinesa também promove desgastes nas forças taiwanesas.
Sputnik
Em uma análise divulgada nesta semana pelo setor de pesquisa asiática do Congresso norte-americano, o Congressional Research Service Asia, os Estados Unidos disseram que a busca de Taiwan para impedir uma eventual invasão chinesa poderá ser frustrada por desafios políticos e infraestruturais internos.

"A energia, os alimentos, a água, a Internet e outros sistemas de infraestruturas críticas do arquipélago são vulneráveis ​​a perturbações externas. A preparação da defesa civil é insuficiente, de acordo com alguns observadores, e os militares de Taiwan lutam para recrutar, reter e treinar pessoal", diz o relatório segundo a Bloomberg.

Um dos maiores desafios, continua o documento, é que as operações militares chinesas perto de Taiwan, como a última desta semana, podem enfraquecer a capacidade da ilha de saber se Pequim está a preparar-se para uma invasão real.
Se a China "usasse tais operações como cobertura para um ataque iminente, poderia reduzir significativamente o tempo que Taiwan teria para responder", afirma o relatório. Ao mesmo tempo, essas manobras proporcionam a Pequim oportunidades de treinamento e coleta de informações.
Também não está claro quais custos o povo da nação insular estaria disposto a suportar face a eventual entrada chinesa. O orçamento de defesa de Taiwan para 2023, de cerca de US$ 24,6 bilhões (R$ 116 bilhões) representa um aumento de quase 10% em relação a 2020.
Pequim vê Taiwan como uma província renegada que pertence por direito à China no âmbito da política de Uma Só China, enquanto a ilha autogovernada não declarou formalmente a independência, mas afirma já o ser e mantém laços próximos com os EUA.
Estes, por sua vez, expressaram nos últimos anos a vontade de "conter" a China e o seu desenvolvimento.
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