O especialista militar, que foi comandante dos contingentes da Áustria no Mali e no Kosovo, argumentou que era irrealista esperar milagres na linha de frente, enquanto os apoiadores de Kiev não conseguem fornecer à Ucrânia equipamentos suficientes para uma ofensiva eficaz.
"O problema é [que] somos vítimas de nossa própria propaganda, e eu digo isso sem rodeios", disse Reisner em entrevista ao canal de TV alemão ZDF.
Ele explicou que "no início da guerra, nós nos convencemos a acreditar que os soldados ucranianos com os Panzerfausts [lançadores de granadas] alemães em suas mãos estariam detendo os russos".
Reisner observou que desde então essas forças têm sido continuamente desgastadas, com o Ocidente fornecendo apenas entre 50% e 60% do que os altos escalões oficiais ucranianos estavam pedindo para lançar uma ofensiva própria.
De acordo com o coronel austríaco, Kiev aproveitou ao máximo o que estava disponível para ela, mas lhe faltam "elementos cruciais, como, por exemplo, uma força aérea funcional".
Na ausência de qualquer sucesso significativo, a mídia dos Estados Unidos já começou a procurar um bode expiatório para o aparente fracasso da contraofensiva, mas as altas expectativas eram irrealistas em primeiro lugar, concluiu Reisner.
Anteriormente, o jornal The Wall Street Journal afirmou que Washington considera que forneceu a Kiev equipamentos militares suficientes para romper as defesas russas.