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Acadêmico: Ucrânia pede armas soviéticas já que sistemas antiaéreos ocidentais 'passaram vergonha'

© Sputnik / Ruslan KrivobokComplexos S-400 Triumph lançam mísseis durante treinamentos da Força Aeroespacial da Rússia
Complexos S-400 Triumph lançam mísseis durante treinamentos da Força Aeroespacial da Rússia - Sputnik Brasil, 1920, 28.08.2023
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Por a ofensiva da Ucrânia não conseguir romper as linhas defensivas russas, tendo o Exército da Rússia estimado que Kiev perdeu mais de 43 mil soldados e mais de 4.900 equipamentos desde 4 de junho, o presidente ucraniano Vladimir Zelensky suplicou para o Ocidente enviar mísseis para sistemas antiaéreos da era soviética.
O fato de que o presidente da Ucrânia está implorando aos países ocidentais que vasculhem em seus armazéns por estoques restantes de armas da era soviética para a defesa antiaérea é um sinal de que a há muito anunciada contraofensiva de Kiev está falhando, disse à Sputnik Andrei Koshkin, acadêmico russo especializado em assuntos militares e internacionais.

Uma das razões para a incapacidade do Exército ucraniano de virar o rumo da contraofensiva, apesar do envio maciço de armas, é o fato de que as armas ocidentais não provaram ser tão eficazes quanto foram elogiadas pelos líderes militares dos países parceiros de Kiev, ressaltou o acadêmico.

Em uma mudança de retórica, depois de elogiar os sistemas da defesa antiaérea "eficazes" dos EUA e da Alemanha – o Patriot e o IRIS-T, respectivamente – fornecidos a Kiev como parte da assistência militar do Ocidente à Ucrânia, Zelensky recentemente pediu mais mísseis para os sistemas antiaéreos da era soviética.
A Ucrânia precisa de mísseis adicionais para "equipamento soviético obsoleto, mas ainda eficaz. Temos alguns desses sistemas, mas a escassez de mísseis é um fato", afirmou o líder ucraniano durante uma coletiva de imprensa após conversações em Kiev com o premiê norueguês Jonas Gahr Store.
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A segunda coisa a ter em mente, acrescentou Koshkin, é que a quantidade de armas ocidentais fornecidas ficou aquém das expectativas das Forças Armadas da Ucrânia e, especialmente, de Zelensky.
Não é coincidência que o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse na primavera europeia que os EUA tinham dado à Ucrânia quase 100% da ajuda militar que tinha pedido para a sua contraofensiva, acrescentando que Washington "entregou quase tudo naquela lista". Essa foi uma evidência clara de "transferência de responsabilidade pelo fracasso da contraofensiva para as Forças Armadas da Ucrânia", disse o acadêmico russo.

"Eles [Ocidente] também entendem que as armas fornecidas não garantiram o sucesso do Exército ucraniano. Revelou-se que nossos sistemas de defesa antiaérea [russos] são os melhores do mundo, mais confiáveis e eficientes do que todos os outros. Compare-os com os [sistemas antiaéreos dos EUA] Patriot que simplesmente passaram vergonha na Ucrânia. Em termos de preço vs. qualidade eles perdem para os nossos S-400. Mas os americanos estão forçando todos a comprar esse sistema em particular", observou Koshkin.

De acordo com o especialista em assuntos militares e internacionais, Zelensky passou por um momento de verificação da realidade e percebeu que precisa de mísseis da era soviética. "Apostar no Ocidente acabou por não ser muito confiável, porque eles fornecem muito pouco, e suas armas muitas vezes não são nada em comparação com as nossas", sublinhou Koshkin.
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