Já o deputado federal, Pedro Lupion (Progressistas), disse que a resposta paraguaia estará pronta especificamente até o dia 17 de setembro, segundo a Reuters. O deputado também afirmou que a contraproposta do Mercosul incluirá metas alcançáveis e classificou a carta lateral da UE de "inconcebível".
"As diretrizes da União Europeia para reduzir os impactos climáticos ao nível que desejam inviabilizariam a produção agrícola no Brasil", afirmou.
O líder da bancada agrícola no Congresso ainda declarou que o Brasil deveria avaliar os seus laços comerciais com o bloco europeu, uma vez que o mercado europeu representa 16% das exportações brasileiras de alimentos, em comparação com 38% para a Ásia.
Os europeus aguardam desde março uma resposta à sua side letter (carta paralela, na tradução). Ou seja, um documento que não altera o original, mas traz pedidos e exigências adicionais.
A carta inclui metas ambientais para responder às fortes reservas expressas por muitos países-membros da UE sobre o acordo, que está em negociação há duas décadas. Entretanto, o alto nível de exigência dos negociadores leva a crer que há um protecionismo do mercado europeu travestido de preocupação ambiental, segundo especialistas.