Notícias do Brasil

Abin: células nazistas e supremacistas incitaram protestos pós-eleições

Relatório da agência aponta que extremistas se infiltraram em grupos de redes sociais para disseminar suspeitas de fraude no pleito.
Sputnik
Um relatório elaborado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) apontou que grupos neonazistas e supremacistas participaram das movimentações contra os resultados das eleições de 2022.
Segundo a agência, células extremistas se infiltraram em grupos do Telegram que contestavam o resultado das urnas.
"Até o pleito eleitoral de 2022, não se identificava histórico de envolvimento sistemático de grupos supremacistas e neonazistas com pautas políticas ou manifestações. Apesar disso, em monitoramento de grupos virtuais utilizados para disseminação de conteúdo supremacista na conjuntura eleitoral, observou-se aumento da interação e da visualização", diz o relatório.
Notícias do Brasil
Exército gastou quase R$ 400 mil a mais no orçamento por conta de acampamentos no DF
O relatório aponta que o grupo agia disseminando suspeitas sobre fraude nas urnas e panfletos sobre luta anticomunismo. As conclusões do relatório foram divulgadas pelo jornal O Globo nesta quarta-feira (30).
"Alguns grupos neonazistas demonstram interesse em associar narrativas supremacistas a movimentos de contestação dos resultados eleitorais e adotam discursos que dialogam com pautas de outros movimentos para recrutar novos adeptos e promover ações violentas contra autoridades, instituições e agrupamentos antagônicos", diz o documento.
Três grupos foram identificados no relatório: "Resistência Sulista 1 Divisão", "Sul Independente Milícia" e "Soldati Della Luce" (Soldados da Luz, em tradução livre). Segundo a Abin, os grupos também divulgavam conteúdos racistas, discutiam ataques a autoridades e incentivavam uma luta armada.

"Os mesmos [grupos neonazistas] repercutiram chamamentos para contestar a legitimidade dos resultados eleitorais ou buscaram aproveitar-se das narrativas de deslegitimação para avançar teses extremistas violentas ou para fomentar movimentos de insurreição armada", diz o relatório.

Comentar