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Medalhas da Marinha do Brasil entregues a líderes do governo Lula revoltam militares, diz mídia

Para militares, medalhas concedidas mostram "subserviência das Forças Armadas ao governo Lula" pelo cargo das pessoas que as receberam, no entanto, durante governo Bolsonaro, a condecoração também foi entregue a diversos ministros e líderes que nada tinham a ver com a força.
Sputnik
Em meados de julho, aconteceu o evento para concessão de medalhas da Ordem do Mérito Naval com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro da Defesa, José Múcio e do chefe da Marinha, Marcos Sampaio Olsen.
Entretanto, mesmo passado um tempo, o evento tem provocando um rebuliço entre militares da ativa e da reserva pelo fato de as medalhas terem sido entregues a líderes do governo, segundo o jornal O Globo.
O deputado José Guimarães (PT) e ao senador Randolfe Rodrigues (sem partido) foram agraciados com a honraria, além de outros parlamentares da base e independentes. Na mesma ocasião, também receberam a medalha 92 militares da força, além de 12 ministros e até Kassio Nunes Marques, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) indicado por Jair Bolsonaro.
Mesmo assim, nas redes sociais e em portais ligados aos militares, críticos do governo Lula só falaram da homenagem a Guimarães e Randolfe em tom crítico, relata a mídia.
Segundo fontes do meio militar, a concessão das medalhas foi vista entre integrantes da ativa e da reserva alinhados ao bolsonarismo como "afronta" e colaborou para engrossar o caldo de insatisfações da ala que vê no comando das Forças Armadas "subserviência" ao governo Lula.
No entanto, a premiação durante o governo Bolsonaro também alcançou pessoas que não eram ligadas à força, como o então ministro da Justiça, Sergio Moro, o ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni e o chanceler Ernesto Araújo.
Além deles, o ex-presidente Jair Bolsonaro também agraciou com a condecoração os governadores Wilson Witzel (PSC), Romeu Zema (Novo), Ratinho Jr (PSD) e Eduardo Leite (PSDB) e Mauro Mendes (União), além do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP) e do procurador-geral da República, Augusto Aras, indicado ao cargo pelo então presidente.
Na gestão atual, o ruído vem em uma hora em o Executivo e as Forças Armadas novamente se encontram em uma relação melindrada com as provas da tentativa de golpe de Estado descobertas no celular do tenente-coronel Mauro Cid assim como o militar que era segurança do presidente e foi exonerado após a Polícia Federal o encontrar em grupos anti-Lula.
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A medalha da Ordem do Mérito Naval, criada no governo Getúlio Vargas em 1934, visa prestigiar militares da Marinha que se destacaram em suas carreiras e, "excepcionalmente", personalidades e instituições civis que tenham prestado relevantes serviços à força, relembrou a mídia.
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