Em última análise, Litovkin não acredita que um maior rigor nas regras de recrutamento irá "salvar" Zelensky. "Estão agora tentando forçar os países europeus a deportar os homens ucranianos dos seus países [...]. Mas é pouco provável que isto resulte em algum bem, porque se os europeus começarem a deportar os 'fugitivos', eles fugirão para outros lugares, para o Oriente Médio, África, em qualquer lugar só para que eles não tenham que lutar", afirmou o analista.
Poderiam os mercenários da OTAN salvar o dia?
"É claro que isto não vai ajudar. O problema aqui também é que eles estão lutando sem apoio aéreo. Eles estão lutando de acordo com os modelos da OTAN. Mas a OTAN e os Estados Unidos nunca lutaram com um inimigo igual a eles em força e poder de fogo. Eles sempre bombardeavam algum país pelo ar, seja Iugoslávia, Líbia, Iraque, Afeganistão, e só depois enviavam as tropas. Mas na Ucrânia isso não funcionou. A Ucrânia não tem aviação e o poder aéreo da OTAN não tem como sobrevoar a Ucrânia, porque os céus do país pertencem aos pilotos russos. Temos superioridade aérea absoluta. Portanto, a Ucrânia é obrigada a atacar sem cobertura aérea, em flagrante violação de toda e qualquer regra da guerra moderna", resumiu o observador militar.