"A articulação entre Paraguai e Brasil deve aproveitar para criar sinergias entre os seus interesses, criando melhores condições de negociações dos complementos contratuais. A Europa tem consciência do peso da importância do Brasil, da Argentina, do Paraguai, do Uruguai — assim como há um interesse recíproco. Os interesses da Europa não se restringem apenas à arena econômica, incluindo interesses nas relações políticas. Porque interessa à Europa, do ponto de vista político, uma boa relação com a América do Sul", avaliou Regiane Bressan, professora de relações internacionais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e especialista em América Latina, em entrevista à Sputnik Brasil.
"Nesse vácuo surgido entre sócios-fundadores, o Paraguai pode ocupar um espaço de proeminência, de destaque, ao propor uma pauta lógica, factível de discussão, que realmente veja o desenvolvimento do bloco como um fim. O Paraguai, no momento, tem uma questão muito lógica do seu papel e da sua capacidade. Certamente será importante e pode ocupar, sem dúvida alguma, um lugar de destaque mais à frente."
"O Paraguai não tem como vender a energia excedente para outros países. Talvez a Argentina, o Uruguai e o Chile comprem um pouco, mas o grande comprador é o Brasil, e isso pode facilitar esse acordo", concluiu à Sputnik Brasil Michel Alaby, diretor regional da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços do Brasil (Cisbra) em São Paulo.