Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) detectou suspeita de lavagem de dinheiro em movimentações financeiras da deputada Carla Zambelli (PL-SP).
O documento foi enviado à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga os atos de 8 de janeiro em Brasília. A análise aponta que a suposta lavagem de dinheiro se deu por meio da conta pessoal da deputada na plataforma PayPal, uma espécie de carteira digital por meio da qual é possível receber pagamentos nacionais e internacionais.
Segundo noticiado pelo portal Metrópoles, as transferências para Zambelli foram feitas via PayPal por apoiadores do movimento Nas Ruas, fundado pela deputada durante os protestos pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. De acordo com o documento, há suspeita de que as quantias doadas tenham sido usadas para lavagem de dinheiro.
O órgão aponta que as movimentações suspeitas ocorreram entre fevereiro de 2017 e julho de 2019, período que compreende o lançamento da candidatura de Zambelli a deputada federal nas eleições de 2018.
O relatório do Coaf se soma a outras acusações às quais Zambelli responde. Atualmente, ela é ré no Supremo Tribunal Federal (STF) por ter perseguido e ameaçado com uma arma um homem em São Paulo (SP) durante o segundo turno das eleições presidenciais de 2022. Ela também é investigada pela Polícia Federal (PF) por supostamente intermediar um encontro entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e o hacker Walter Delgatti Neto, no qual foram tratados a possibilidade de grampear o ministro do STF Alexandre de Moraes e promover uma operação fake nas urnas para simular a impressão de um voto falso.