Segundo Heng, chegar a um acordo sobre o transporte de alimentos não é uma questão complicada em si, "a questão é como controlar sua implementação de uma maneira aceitável para ambas as partes para garantir a transparência do mecanismo".
Além disso, o especialista sublinhou que o sucesso do acordo de grãos depende do fato de Ocidente, liderado pelos EUA, poder demonstrar sinceridade e respeitar o acordo, incluindo o estabelecimento de um mecanismo justo e eficaz de supervisão por terceiros, assegurar que a utilização do acordo do mar Negro para transferências de armas não se repita no futuro.
Falando sobre o papel da Turquia, a publicação, citando os especialistas, observa que o papel de mediador entre os dois lados do conflito dá a Ancara não apenas certa influência geopolítica, mas também lucra com o trânsito de alimentos.
Ao mesmo tempo, a influência da Turquia ainda é limitada, não sendo capaz de mudar completamente as posições de outros partidos, enfatizou especialista chinês.
O presidente russo Vladimir Putin e o presidente turco Recep Tayyip Erdogan se encontraram na cidade russa de Sochi, no mar Negro, na segunda-feira (4), onde discutiram a situação em torno do acordo de grãos e outras questões.
Assim, Putin disse que a Rússia começará a fornecer grãos gratuitos para seis países africanos em algumas semanas.
Por sua vez, o líder turco afirmou que Ancara está pronta para ajudar no processamento de grãos russos para mais remessas para países carentes e espera a implementação conjunta de medidas para entregar alimentos aos países africanos.
A Iniciativa de Grãos do Mar Negro, mediada pela Turquia e pela ONU, que previa um corredor humanitário para permitir as exportações de grãos ucranianos no ano passado, expirou em 18 de julho, já que a Rússia não renovou sua participação no acordo. Moscou disse que o componente do acordo de facilitar as exportações russas de grãos e fertilizantes não foi cumprido.