Na quinta-feira (7), a Polícia Federal aceitou a delação proposta pela defesa de Cid, mas faltava o aval do STF para a mesma ser validada, conforme noticiado.
Com a homologação feita por Moraes hoje (9), o ministro também concedeu liberdade provisória ao militar com cumprimento de medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica, limitação de sair de casa aos fins de semana e também à noite e afastamento das funções no Exército.
Ao mesmo tempo, Cid foi proibido de falar com outros investigados – as exceções são a mulher, filha e pai dele –, também foi proibido de sair do país, sofreu suspensão de porte de arma de fogo, assim como de certificado de registro para coleção, tiro esportivo e caça, relata o G1.
O tenente-coronel também terá que entregar seu passaporte em cinco dias. Na decisão, Moraes afirma que, em caso de descumprimento das medidas cautelares, Cid deve voltar para a prisão, escreve a mídia.
Cid vinha se mantendo em silêncio diante das investigações, mas a estratégia da defesa mudou em agosto, quando o advogado Cezar Bitencourt passou a representá-lo. Bitencourt é o terceiro advogado a defender o militar em todas as investigações que ele responde.
No fim de agosto, porém, Mauro Cid prestou depoimentos à PF por cerca de 20 dias, em meio à negociação sobre a delação.
Mauro Cid está preso desde 3 de maio, quando foi alvo de uma operação que investiga a inserção de dados falsos de vacinação contra a COVID-19, no sistema do Ministério da Saúde, de integrantes da família do ex-auxiliar e do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Desde então, ele também foi alvo de investigação por envolvimento na suposta venda irregular de presentes oficiais e joias recebidos durante o governo Bolsonaro.