"Eles estão sem munição, o Ocidente está sem munição [...]. Eles não conseguem obter suprimentos com rapidez suficiente. Não só o clima influencia os '30 dias', há também muitas outras condições", disse o especialista.
'Missão suicida'
"Ainda resta um tempo razoável, provavelmente cerca de 30 a 45 dias de combate neste clima, então os ucranianos não terminaram, essa batalha não acabou. E eles não conseguiram — eles não terminaram a parte de combate do que estão tentando realizar", disse o general do Pentágono em entrevista conjunta com o chefe do Estado-Maior de Defesa do Reino Unido, Tony Radakin, à mídia estatal britânica no domingo (10). Milley também garantiu que a Ucrânia estava mostrando "progressos muito constantes" e uma "profundidade de poder de combate" nas linhas de frente.
"Neste momento, as indicações são que o Ocidente vai aumentar, aumentar ainda mais até certo ponto, ou pelo menos tentar sustentar a situação", afirmou a autoridade.
"Sabemos que eles podem avançar algumas centenas de metros até uma pequena cidade, [...] uma vila [...]. Então eles recuam, [...] não houve veículos blindados ou equipamentos pesados que tenham ultrapassado a primeira linha", pontuou.
"Apesar do que o Ocidente tentou fazer, há uma resistência bastante forte. Não se viu nenhuma condenação direta à Rússia na declaração do G20 [...]. Talvez eles tenham visto o seu apoio enfraquecer", disse o especialista, acrescentando que há "uma resistência no Congresso [norte-americano] ao financiamento contínuo".
"Penso que estamos descobrindo que o apoio está começando a diminuir e a se fragmentar nos bastidores", disse Earl Rasmussen.
Jogo de culpa pelo 'desastre' da contraofensiva
"Temos uma temporada eleitoral chegando aqui, pessoas concorrendo à presidência. Eles precisam transferir a culpa. Eles não querem assumir a culpa, então apontam o dedo: 'Nós demos a você tudo o que você queria, treinamos você [...]. Somos nós que dirigimos o trem nos bastidores.' Temos pessoal de tecnologia militar lá, temos informações sendo fornecidas, temos os políticos provavelmente em contato contínuo", disse ele.
Assim, sobre os patronos ocidentais do regime de Kiev, liderados pelos EUA, Earl Rasmussen concluiu que "eles estão tentando transferir a culpa? Absolutamente. Eles não querem assumir eles próprios a culpa por este desastre".