De acordo com o porta-voz das Forças Armadas filipinas, coronel Medel Aguilar, Austrália e Japão "expressaram sua vontade" de fazer parte das patrulhas marítimas das Filipinas e dos EUA, ao mesmo tempo que a tensão entre Pequim e Manila aumenta.
Aguilar também contou que "outros países que estão dispostos a aderir à ideia serão identificados depois", aponta mídia.
O Exército filipino declarou neste sábado (16) que decidiu intensificar a vigilância marítima depois de identificar o "reaparecimento" de navios chineses em torno do mar das Filipinas, parte do mar do Sul da China que Manila considera como a sua zona econômica exclusiva.
No dia 5 de agosto, as Forças Armadas das Filipinas acusaram a Guarda Costeira chinesa de impedir que um de seus navios descarregasse suprimentos para o navio BRP Sierra Madre, encalhado no banco de areia Ayungin. A área faz parte das disputadas ilhas Spratly.
No início de setembro, a China denunciou o navio filipino por estar "ilegalmente" encalhado na área e reiterou que tem "soberania indiscutível sobre as ilhas Nansha, incluindo o recife Ren'ai [como Ayungin é referido] e as suas águas adjacentes".
• Em 1999, as autoridades filipinas encalharam propositadamente o navio americano BRP Sierra Madre, de 100 metros de comprimento, da época da Segunda Guerra Mundial, numa área de recife disputada no mar do Sul da China para monitorar as atividades do gigante asiático na região.
• O navio tem a bordo um pequeno contingente de militares permanente. O lado chinês vem exigindo repetidamente a remoção do navio, um ponto quente dessa disputa.
• O mar do Sul da China tem sido uma fonte constante de tensão durante anos, uma vez que é objeto de reivindicações territoriais e marítimas de diversos países: China, Vietnã, Filipinas, Taiwan, Malásia, Indonésia e Brunei.
• Uma decisão de 2016 da Corte Permanente de Arbitragem (CPA) decidiu que a reivindicação de Pequim sobre quase todo o mar do Sul da China era incompatível com o direito internacional. No entanto, Pequim rejeitou esta decisão.