"A emergência climática torna urgente uma correção de rumos e a implantação do que já foi acordado. Não é por outra razão que falamos em responsabilidades comuns, mas diferenciadas. São as populações vulneráveis, no Sul Global, as mais afetadas pelas perdas e danos causados pelas mudanças no clima. Os 10% mais ricos da população mundial são responsáveis por quase a metade de todo o carbono lançado na atmosfera. Nós, países em desenvolvimento, não queremos repetir esse modelo", declarou Lula ressaltando que no Brasil, o "modelo socialmente justo e ambientalmente sustentável é possível".
"O neoliberalismo agravou a desigualdade econômica e política que hoje assola as democracias. Seu legado é uma massa de deserdados e excluídos. Em meio aos seus escombros surgem aventureiros de extrema direita que negam a política e vendem soluções tão fáceis quanto equivocadas. Muitos sucumbiram a tentação de substituir um neoliberalismo falido por um nacionalismo primitivo, conservador e autoritário", afirmou.
"O Conselho de Segurança da ONU [CSNU] vem perdendo progressivamente sua credibilidade. Essa fragilidade decorre em particular da ação de seus membros permanentes, que travam guerras não autorizadas em busca de expansão territorial ou de mudança de regime. Sua paralisia é a prova mais eloquente da necessidade e urgência de reformá-lo, conferindo-lhe maior representatividade e eficácia", criticou o presidente.