A fala do presidente foi feita em resposta a um tuíte de um membro da Secretaria de Estado dos EUA, que reforçou a posse da Guiana sobre a região.
Rejeitamos firmemente a ingerência insolente dos Estados Unidos, que manipularam e compraram, através da ExxonMobil e do Comando Sul, os políticos servis da Guiana, que pouco a pouco transformaram essa nação em uma colônia. É uma conspiração inaceitável que visa privar-nos dos direitos territoriais que pertencem ao povo venezuelano. Tenha certeza de que a verdade prevalecerá sobre essas vis pretensões e a Venezuela de Bolívar triunfará!
Na última terça-feira (19), o governo da Venezuela se posicionou contra as licitações para exploração de petróleo realizadas pela Guiana no território de Essequibo, área marítima "pendente de delimitação entre os dois países", segundo o texto do Ministério das Relações Exteriores venezuelano.
"O governo da Guiana não tem direitos soberanos sobre essas áreas marítimas, e, consequentemente, qualquer ação sobre seus limites viola o direito internacional, a não ser que seja realizada por meio de um acordo com a Venezuela", afirmou o documento.
A região de Essequibo é reinvidicada por ambos os países. A Venezuela baseia suas fronteiras no Acordo de Genebra de 1996, assinado com o Reino Unido, país que controlava a região na época. Enquanto isso, a Guiana defende os limites estabelecidos por um tribunal de arbitragem em 1899 em Paris.
Em resposta às declarações do ministério venezuelano, o presidente da Guiana, Irfaan Ali, afirmou que "o Governo da Guiana reserva-se o direito de prosseguir atividades de desenvolvimento econômico em qualquer parte do seu território soberano ou em quaisquer territórios marítimos adjacentes".
Para o deputado venezuelano Willian Rodríguez, a resposta do presidente da Guiana aos protestos da Venezuela deixa claros "seus vínculos com a ExxonMobil". "Ele está ciente de que essas são águas em disputa, inclusive águas onde a Venezuela exerce e exercerá sua soberania", disse Rodríguez à Sputnik.