A visita do líder ucraniano Vladimir Zelensky aos EUA, que ocorreu nesta semana, provou ser um fracasso e não um sucesso. Sputnik analisa o assunto.
Investigação do ataque de mísseis em Konstantinovka
A visita teve um início conturbado depois que The New York Times publicou os resultados de sua própria investigação sobre o ataque de mísseis de 6 de setembro em Konstantinovka, na República Popular de Donetsk, onde morreram 15 civis. Kiev culpou Moscou pelo ataque, no entanto, o jornal aponta que o lado ucraniano era o culpado.
"Evidências, […] incluindo fragmentos de mísseis, imagens de satélite, relatos de testemunhas e postagens na mídia social, sugerem fortemente que o ataque catastrófico foi o resultado de um míssil de defesa antiaérea ucraniana errante disparado por um sistema de lançamento Buk", escreveu o jornal.
Sem ATACMS de longo alcance
Outro meio de comunicação dos EUA Axios relatou sobre a "recepção gelada de Zelensky em Washington D.C.", se referindo a seis senadores republicanos e 22 membros da Câmara dos Representantes, que se opuseram ao pedido do presidente Joe Biden para fornecer US$ 24 bilhões em financiamento adicional para a Ucrânia.
Como resultado, Biden anunciou a entrega de um pacote de assistência militar de US$ 325 milhões para Kiev. Notavelmente, a administração Biden optou por não fornecer à Ucrânia os mísseis ATACMS de longo alcance que permitiriam a Kiev lançar ataques bem na retaguarda das linhas russas.
Pedido de Zelensky para discursar no Congresso é negado
O presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Kevin McCarthy, por sua vez, negou o pedido de Zelensky para discursar em uma reunião conjunta do Congresso, dizendo aos repórteres que os congressistas "simplesmente não tinham tempo".
Em 19 de setembro, o presidente ucraniano discursou em uma sessão da Assembleia Geral da ONU em Nova York. Os canais de televisão dos EUA mostraram muitos assentos vazios nas instalações onde Zelensky fez o discurso. Entretanto, as emissoras ucranianas tiveram que editar as imagens de modo a criar uma ilusão da presença de muita gente, onde se podia ver o próprio Zelensky entre os presentes.
A Ucrânia lançou a sua chamada contraofensiva no início de junho. Três meses depois, o presidente russo, Vladimir Putin, informou que a contraofensiva ucraniana falhou, com a Ucrânia sofrendo 71 mil baixas. Vários analistas ocidentais também admitiram que a contraofensiva ucraniana não obteve sucesso em nenhuma das frentes.