Ciência e sociedade

NASA está ansiosa para examinar amostras de asteroide potencialmente apocalíptico (VÍDEO)

A missão OSIRIS-REx da NASA acaba de retornar à Terra neste domingo (24), trazendo amostras de Bennu – um asteroide que se acredita ser um dos corpos celestes mais perigosos do espaço sideral.
Sputnik
Lançada em 2016, a missão OSIRIS-REx se aproximou da rocha de 500 metros de largura e a observou durante vários anos antes de executar uma operação para coletar materiais de sua superfície.
Os especialistas esperam estudar as amostras o mais rápido possível, o que deve lançar alguma luz sobre a formação dos planetas e talvez até sobre o início da vida biológica na Terra.
A expectativa, no entanto, girava em torno do risco de a cápsula contendo as amostras do asteroide se transformar em cinzas com a reentrada na atmosfera. Mas, de acordo com a NASA, isso não aconteceu, os cientistas podem comemorar a oportunidade de aprender um pouco mais sobre a história geológica da Terra, já que o pouso foi um sucesso.

"Me sinto como uma criança de novo [...]. Estou muito feliz por poder contar a história que essas rochas contêm", disse o cientista planetário da Universidade do Arizona e investigador principal da missão OSIRIS-REx, Dante Lauretta, após a verificação do pouso.

Às 02h00 da manhã, horário local (05h00 de Brasília) deste domingo (24), a equipe de comando da OSIRIS-REx em Littleton, Colorado, avaliou as condições de pouso e realizou uma votação sobre a descida da cápsula. A equipe votou sim e a sonda OSIRIS-REx liberou a cápsula às 04h42 (07:42).
Quatro horas depois, ela entrou na atmosfera da Terra. O primeiro paraquedas inflou 30 quilômetros acima da superfície; um segundo foi aberto poucos minutos depois, diminuindo a velocidade para 18 quilômetros por hora até atingir o solo em segurança, o que para o dr. Lauretta simbolizou ao mesmo tempo um feito profissional e pessoal.
Os cientistas descrevem esses corpos celestes como "blocos de construção dos planetas", uma vez que existem há milhares de milhões de anos e poderiam ter preservado os materiais que participaram da formação da Terra.
O asteroide Bennu é considerado potencialmente perigoso, pois há uma pequena chance de se chocar contra a Terra entre os anos de 2175 e 2199, causando uma grave explosão que não será suficiente para uma extinção em massa, mas deve devastar áreas "a dezenas de quilômetros de distância do epicentro."
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