Em entrevista à CNN, Baerbock frisou que alguns dos sistemas eram antiquados.
"Não adianta apenas prometer e depois não poder cumprir, ou entregar coisas que não funcionam. Então, porque dissemos isso no início, muitos equipamentos realmente não estavam funcionando, e, quando entregamos, eles têm que funcionar em campo", disse.
As armas devem ser fornecidas à Ucrânia juntamente com as munições, e os atrasos nos envios são explicados, conforme a ministra, pela necessidade de aprovações adicionais.
Parte dos equipamentos enviados por Berlim não teriam funcionado por não estarem acompanhados de munições adequadas, justificou a principal diplomata da Alemanha.
Entrega de mísseis de cruzeiro Taurus à Ucrânia
Questionada sobre se a Alemanha vai fornecer mísseis de cruzeiro Taurus — considerados de difícil rastreio por radares de defesa aérea —, Baerbock afirmou que não poderia dar qualquer informação neste momento. Segundo a ministra, todos os detalhes da eventual entrega precisam ser claros, incluindo quem poderia realmente operá-la, o que "leva algum tempo".
No final de agosto, Friedrich Merz, líder conservador da União Democrática Cristã (UDC), alegou ser favorável à entrega dos mísseis. Porém alegou que o alcance de eventuais ataques deveria ser limitado para que essas armas sejam "puramente defensivas".
O chanceler alemão, Olaf Scholz, disse no mesmo mês que não tinha pressa em aprovar entregas de mísseis de cruzeiro à Ucrânia por medo de arrastar a OTAN para um conflito militar com a Federação da Rússia.