Panorama internacional

Coreia do Norte decide expulsar soldado americano e diz que ele citou 'tratamento desumano dos EUA'

A Coreia do Norte disse que expulsará Travis King, o soldado norte-americano que atravessou intencionalmente a fronteira do país asiático no dia 18 de julho.
Sputnik
Em um comunicado emitido hoje (27), o governo norte-coreano afirmou que King será "expulso" em horário e detalhes não especificados.
A nota acrescentou que o soldado confessou ter "se intrometido ilegalmente" no território do país porque "estava desiludido com o tratamento desumano e a discriminação racial" no Exército norte-americano, bem como com a "desigualdade existente dentro da sociedade estadunidense".
King participava de uma excursão turística pela zona desmilitarizada que separa as Coreias quando invadiu o território e foi capturado. A área, conhecida como Zona Desmilitarizada da Coreia (DMZ, na sigla em inglês), é o único ponto de contato direto entre o norte e o sul da península, e conta com forte presença de forças de segurança de ambos os lados.
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A Coreia do Norte permaneceu em silêncio sobre King durante semanas, mas em um raro movimento no começo de agosto, sinalizou na ONU que o soldado havia atravessado a fronteira, entretanto, não deu mais informações sobre o caso, conforme noticiado.
King, que ingressou no Exército dos EUA em janeiro de 2021 e serviu como batedor de cavalaria na Força Rotacional Coreana.
Ele enfrentou duas acusações de agressão na Coreia do Sul e acabou se declarando culpado de uma instância de agressão e destruição de propriedade pública por danificar um carro da polícia durante um discurso de palavrões contra os coreanos, de acordo com documentos judiciais.
De 24 de maio a 10 de julho, ele cumpriu uma sentença de trabalhos forçados na unidade correcional de Cheonan em vez de pagar uma multa. Após sua libertação da prisão, designada para militares dos EUA e outros estrangeiros, King permaneceu em uma base norte-americana na Coreia do Sul por uma semana antes de passar para o outro lado.
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