O ministro deu o alarme em um artigo publicado na terça-feira (26) no jornal oficial China Internet and Information.
"Nosso maior risco oculto é que nossa infraestrutura de informações essenciais possa estar vulnerável a ataques", escreveu Chen.
"Nossas redes operacionais de operações financeiras, energia, eletricidade, comunicações e transporte tornaram-se os alvos principais de ataques cibernéticos de fora do país", disse o ministro.
"Haverá consequências terríveis, como perturbações nos transportes, caos nos mercados financeiros e paralisação do fornecimento de eletricidade, se estes sistemas forem pirateados, controlados, adulterados ou sabotados", acrescentou Chen.
Os órgãos do Partido Comunista, os departamentos governamentais, como a defesa nacional, as empresas militares e os centros de pesquisa enfrentavam cada vez mais ataques cibernéticos "em grande escala, organizados e persistentes", afirmou ele.
O maior perigo é o fato de a Internet ter se tornado uma fábrica de boatos, de acordo com o comunicado.
"Até mesmo um pequeno incidente pode se tornar um furacão na opinião pública. Os boatos podem facilmente transformar uma perturbação em uma xícara de chá em um tornado na sociedade da vida real", escreveu ele.
"Com o desenvolvimento da Internet e das tecnologias digitais, ficou mais difícil gerenciar a segurança dos recursos de informação, e violações de dados em massa ocorreram repetidamente, ameaçando a segurança nacional, as atividades socioeconômicas e os direitos e interesses dos indivíduos", sugundo o comunicado do ministro.
Novas tecnologias, como a IA, comunicações quânticas, blockchain e Internet por satélite trouxeram novas e maiores incertezas à segurança, acrescentou ele.
Há uma séria competição entre as grandes potências no espaço cibernético, disse Chen em uma referência velada aos EUA e seus aliados.
"A fraqueza mais significativa está em nossa dependência de terceiros em algumas tecnologias essenciais", disse ele, afirmando que a autossuficiência em áreas como chips avançados, protocolos básicos, IA e equipamentos de telecomunicações se tornou uma questão de segurança nacional e interesse estratégico.