O dado de Popov acompanha a tendência mundial de desdolarização das transações internacionais, que vê pagamentos sendo realizados em fortes moedas nacionais, como é o caso do yuan chinês.
"O Sberbank é um parceiro bancário importante para clientes corporativos que trabalham em moedas nacionais com a Índia. Neste ano, os volumes de liquidações com a Índia cresceram cinco vezes em termos monetários em comparação com o mesmo período do ano passado", disse Popov, destacando a importância do banco para clientes interessados em realizar negócios na Índia. Ao mesmo tempo, o total médio de transações no primeiro semestre do ano aumentou em 83%, segundo o banco.
Os esforços mundiais pela desdolarização vêm, em grande parte, de países-membros do BRICS, que veem no padrão do dólar uma possível "arma" por parte dos Estados Unidos na hora de exercer sanções econômicas. Em abril, durante uma visita à China, Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, questionou:
"Quem decidiu que o dólar era a moeda depois que desapareceu o ouro como padrão?"
Para a ex-presidente do Brasil e atual presidente do Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS, Dilma Rousseff, a expansão dos mecanismos de pagamento em moedas locais e outros instrumentos financeiros, como uma possível moeda comum do grupo, podem "construir um novo sistema financeiro mais multilateral e inclusivo".