De acordo com o especialista, a mudança para a "parte saudável da economia global" permitiu que a recuperação da Rússia se tornasse mais sustentável. O país também pode cumprir objetivos em uma variedade de áreas, da defesa e segurança ao avanço tecnológico e desenvolvimento educacional, acrescentou ele.
"Na verdade, o que fizemos no último ano e meio foi uma grande reforma estrutural. Uma reforma estrutural que mudou a economia russa, seu foco, da parte doente da economia global para a saudável", afirmou Oreshkin.
O assessor econômico observou que as mudanças estão em andamento e em certos momentos têm sido "dolorosas", uma vez que o país enfrentou vários desafios de uma só vez, incluindo a reorientação de sistemas logísticos e a criação de novos mecanismos de pagamento.
No entanto, sem as sanções e as mudanças que elas trouxeram, a Rússia estaria agora preocupada com as crises que assolam os países ocidentais em vez de olhar para a frente para os benefícios de trabalhar com economias em rápido crescimento, como a Índia e a China, de acordo com Oreshkin.
"Se ficássemos no passado, estaríamos sentados discutindo agora a recessão da Alemanha, e quão ruim ela é para nós. Ou que os EUA não conseguem lidar com a instabilidade do seu setor financeiro. Agora é muito mais importante para nós que a economia da China acelerou 6,5% do segundo trimestre e a da Índia cresceu 7,8%", explicou.
O Produto Interno Bruto (PIB) da Rússia encolheu 2,1% no ano passado em meio a severas restrições econômicas impostas por países ocidentais. No entanto, o Ministério das Finanças espera que até o final de 2023 a economia cresça 2,5%.