Uma semana após aplaudir efusivamente um veterano nazista no Parlamento do Canadá, o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, participou, nesta sexta-feira (29), de uma homenagem às vítimas judias ucranianas do massacre de Babi Yar, perpetrado em 1941, pelas tropas de Adolf Hitler, nos arredores de Kiev.
"Em 29 de setembro de 1941, os nazistas iniciaram fuzilamentos em massa de judeus em Babi Yar, em Kiev. Cerca de 34 mil pessoas foram assassinadas em poucos dias: adultos, crianças, famílias inteiras, mulheres, homens. O mal não discriminou quem destruir. No total, cerca de 100 mil pessoas — judeus, ciganos e ucranianos — foram assassinadas em Babi Yar durante a ocupação nazi", escreveu Zelensky em sua conta no Telegram.
"Babi Yar estará sempre no mapa da memória do Holocausto. Não importa quantos anos se passem, a humanidade se lembrará das vidas ceifadas pelo nazismo e se lembrará para sempre que esse mal foi punido. Nunca mais. Para a Ucrânia, essas palavras são importantes", escreveu Zelensky.
Apesar das palavras, Zelensky, até o momento, não se desculpou por ter aplaudido o veterano nazista Yaroslav Hunka, na última sexta-feira (22).
Hunka lutou nas fileiras da 14ª Divisão de Granadeiros da SS, o exército paramilitar nazista, responsável por operações contra judeus, poloneses, russos e comunistas durante a Segunda Guerra Mundial.
Não foi o único fato esta semana que expôs ao mundo a simpatia do regime de Kiev pelo nazismo. Na última quinta-feira (28), um vídeo de um soldado ucraniano filmado junto com a família em um centro de reabilitação chamou atenção nas redes sociais. Na filmagem, o soldado aparecia usando uma camiseta com uma águia nazista, um dos símbolos da Alemanha nazista. A única diferença é que, no lugar de uma suástica, a ave trazia o brasão da Ucrânia.
Ademais, desde o início do conflito ucraniano, soldados e funcionários do alto escalão do governo têm sido flagrados usando símbolos ou tatuagens nazistas.