Conforme o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, os principais temas que devem ser abordados durante a presidência brasileira são: conflito na Ucrânia; missão de apoio às forças de segurança no Haiti; e manutenção da missão da ONU que supervisiona as negociações de paz na Colômbia. Para o dia 20 de outubro está prevista uma audiência que será presidida pelo ministro.
"Vamos trazer neste mês a ideia de que o Conselho de Segurança deveria tratar mais amplamente dos instrumentos que as Nações Unidas, os países e as organizações regionais têm para prevenir os conflitos, e não só tratar deles depois que ocorrem", pontua o secretário de Assuntos Multilaterais Políticos do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Carlos Márcio Cozendey.
Apoio à reforma do conselho
Criado em 1948, após a Segunda Guerra Mundial, o Conselho de Segurança da ONU conta com cinco membros permanentes — China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia — e um grupo de outros dez países com mandatos de dois anos.
Além do Brasil, ocupam as vagas rotativas até dezembro Albânia, Equador, Emirados Árabes Unidos, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique e Suíça. Desde a criação do grupo, esse é o 11º mandato brasileiro.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já anunciou publicamente que defende a reforma do conselho e pede um assento permanente para o Brasil, com apoio de China e Rússia, que também fazem parte do BRICS. Lula também defende a entrada de África do Sul e Índia no órgão da ONU.
Durante discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas no último dia 19, Lula afirmou que o conselho "vem perdendo progressivamente sua credibilidade".
"Sua paralisia é a prova mais eloquente da necessidade e urgência de reformá-lo, conferindo-lhe maior representatividade e eficácia", disse Lula na ocasião.