Assim, a publicação observa que "sem a compreensão de quem vai presidir na câmara baixa do Congresso, a Casa Branca tem apenas 44 dias para impedir a suspensão do governo federal em novembro e fornecer a assistência necessária para a Ucrânia".
Biden e os democratas na Câmara dos Representantes esperavam que o financiamento fosse fornecido, contando com McCarthy.
O jornal cita um consultor de política externa não governamental para a administração dos EUA em anonimato, que disse que a remoção de McCarthy levou a uma discussão sobre as perspectivas de mais apoio à Ucrânia.
Mas essas conversas são "desencorajadoras", disse ele.
Ao mesmo tempo, duas autoridades norte-americanas disseram em anonimato que o Pentágono tem arma no valor de cerca de US$ 5,4 bilhões (R$ 27,84 bilhões) que poderiam ser transferidas para a Ucrânia, mas a agência não o fará se não houver garantias de reabastecimento de suprimentos dos Estados Unidos.
Politico observa que "administração Biden não está se concentrando nos opositores do apoio da Ucrânia, dizendo que é um pequeno grupo de legisladores republicanos".
Além disso, os apoiadores da assistência à Ucrânia de ambos os partidos "reconhecem privadamente que a oposição dos republicanos está aumentando", e a probabilidade de alocar US$ 6 bilhões (R$ 30,93 bilhões) de financiamento temporário para Kiev "diminuiu significativamente".
McCarthy perdeu seu posto de liderança depois que os radicais de seu próprio partido se revoltaram por causa de seu compromisso com os democratas. No entanto, o congressista, que não pretende concorrer novamente à presidência da Câmara, culpou os democratas pela crise política, afirmando ainda que não pensou em renunciar ao Congresso.
Após uma votação de 216-210, o deputado Patrick McHenry assumiu como presidente interino até a eleição de um substituto permanente.
Ainda segundo a agência Bloomberg, a luta pelos gastos do governo revelou as profundas divisões entre os republicanos que são leais ao ex-presidente Donald Trump e os membros mais moderados, uma batalha que atormentou McCarthy, tal como o seu antecessor republicano no cargo, Paul Ryan.