Durante a entrevista, o ex-presidente disse que pode ocupar o terceiro posto na hierarquia de poder do país por um período entre 30 e 90 dias, até que outros membros cheguem a um consenso sobre uma opção a longo prazo.
"Eles me perguntaram se eu aceitaria por um curto período de tempo até que eles cheguem a uma decisão, eu não estou fazendo isso porque quero. Eu farei isso se for necessário, caso não consigam tomar sua decisão", disse Trump à emissora de TV.
Conforme Trump, o pedido partiu de diversos "amigos" do Congresso. Diferentemente do Brasil, a legislação americana não proíbe a ocupação do cargo de presidente por alguém que não seja membro da Câmara. Porém é uma situação que nunca aconteceu no país.
Vários congressistas republicanos já tornaram público o apoio a Trump no cargo, que ficou vago depois de McCarthy ter sido retirado após pedido de um membro do próprio Partido Republicano, o deputado Matt Gaetz.
"Fui contatado por muitos membros do Congresso que estão dispostos a fazer discursos de nomeação em apoio à candidatura de Donald Trump a presidente da Câmara. A próxima semana será grande", disse Troy Nehls, deputado republicano interessado na indicação de Trump ao posto.
Cenário conturbado
O período em que McCarthy ficou no cargo não chegou a completar dez meses. Ele perdeu apoio dentro do próprio partido, que tem maioria na Casa. Por conta de algumas concessões ao governo do democrata Joe Biden, a destituição foi votada nesta semana, após irritação da ala mais ligada ao ex-presidente Donald Trump entre os republicanos.
Em entrevista à Sputnik, o especialista mexicano da Universidad Autónoma Metropolitana Mauricio Estevez mostra uma clara divisão dentro dos Estados Unidos, principalmente por conta do apoio à Ucrânia no conflito. Estevez lembra que anteriormente havia uma aprovação unânime. Mas, com o passar do tempo e os gastos excessivos, o cenário mudou completamente.