Publicada nesta quinta-feira (5) no jornal alemão Augsburger Allgemeine, a entrevista de Juncker veio logo após uma reportagem do Politico afirmar que em dezembro o bloco quer iniciar conversas para a adesão da Ucrânia. Segundo o ex-presidente da Comissão Europeia, Bruxelas não deveria "fazer falsas promessas às pessoas na Ucrânia".
Para Juncker, a UE deveria possuir um estágio de "ascenção parcial" para nações que aspiram entrar no grupo. A ideia seria dar acesso a alguns dos benefícios de participar no bloco de integração europeia, enquanto essas nações podem demonstrar progresso em reformas administrativas.
Mais cedo na semana, o governo americano enviou um ultimato a Kiev. Segundo o legislador ucraniano Yaroslav Zheleznyak, Washington quer que a Ucrânia fique 45 dias sem um grande escândalo de corrupção. Segundo Zheleznyak, o país "recebeu um cartão amarelo" e agora deverá ser "mais santo que o papa" se quiser continuar recebendo auxílio financeiro.
O governo americano já enfrenta fortes repercussões domésticas pelo forte apoio dado à Ucrânia. Seus legisladores e cidadãos estão divididos sobre o envio de recursos ao país europeu. A cisão no Congresso dos EUA chegou ao ponto inédito de levar à derrubada do presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy.