"Há cada vez mais sinais de que ele estava certo. A Ucrânia não está cumprindo seus objetivos de recrutamento militar, a sua economia está afundando sob o peso da guerra e o apoio aos elevados auxílios à Ucrânia está diminuindo, tanto nos EUA como na Europa", disse o ex-diretor de análise de assuntos russos da CIA George Beebe.
O analista observou que a estratégia russa acabou por desempenhar um papel geopolítico importante. Os setores da extrema-direita do Partido Republicano na Câmara dos Representantes dos EUA não só se opuseram, mas até pressionaram pela destituição do presidente do Congresso, Kevin McCarthy.
Enquanto isso, na Europa, políticos que se recusam a ajudar Kiev têm ganhado terreno. Na Eslováquia, na semana passada, o partido que defendia o fim do auxílio a Kiev venceu as eleições parlamentares, enquanto na Alemanha o movimento político Alternativa para a Alemanha (AfD, na sigla em alemão) superou em popularidade o partido do atual chanceler, Olaf Scholz.
Ainda que a transferência de recursos europeia continue, o representante da União Europeia para Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Josep Borrell, afirmou que esta não será suficiente sem o poço de dólares estadunidenses, que está "em vias de secar".
A Rússia já manifestou repetidamente sua disponibilidade para negociações de paz, mas as autoridades ucranianas proibiram quaisquer conversas desse tipo a nível legislativo.