Em uma carta enviada ontem (6) ao conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, os representantes Michael McCaul e Mike Gallagher, respectivamente presidentes do Comitê de Relações Exteriores da Câmara e de um comitê seleto sobre a China, disseram que os novos avanços do principal fabricante de chips de Pequim mostram que um conjunto abrangente de regras implementado há um ano precisa ser atualizado para fechar o que os legisladores chamam "de lacunas".
"As regras de 7 de outubro [do ano passado] e as crescentes capacidades da SMIC [empresa de chips chinesa] revelam uma burocracia estagnada e obscura que não compreende a política industrial da China, não compreende os objetivos militares chineses e não compreende de todo a tecnologia, além de não ter vontade de agir", disseram McCaul e Gallagher no documento segundo a Reuters.
A carta foi enviada depois que a Huawei revelou um novo smartphone Mate 60 Pro que continha chips avançados fabricados pela Semiconductor Manufacturing International Corp (SMIC) da China, apesar das sanções dos EUA.
Os legisladores instaram a administração Biden a atualizar as regras e tomar medidas imediatas contra a Huawei e a SMIC.
Eles também instaram o governo a cortar o acesso das empresas chinesas a poderosos chips de inteligência artificial obtidos através de serviços de computação em nuvem, e a começar a aplicar as próprias regras do governo sobre a imposição de restrições às empresas chinesas que não permitem que as autoridades dos EUA verifiquem se as mesmas estão cumprindo as regras de exportação norte-americanas.
Nesta semana, já havia sido informado que o governo Biden alertou a Pequim de que planeja atualizar as regras.
Porta-vozes do Conselho de Segurança Nacional e do bureau de Indústria e Segurança, o braço do Departamento de Comércio que supervisiona os controles de exportação, não responderam imediatamente a um pedido de comentários.